O Aborto



O ABORTO

Definição
O aborto é a morte de uma criança no ventre de sua mãe produzida durante qualquer momento da etapa que vai desde a fecundação (união do óvulo com o espermatozóide) até o momento prévio ao nascimento.

Outras definições (Pontos de vista)
O aborto é a interrupção de uma gravidez
É a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas.
O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente, quer por indução.
O aborto pode ser induzido medicamente com o recurso a um agente farmacológico, ou realizado por técnicas cirúrgicas, como a aspiração, dilatação e curetagem.
Quando realizado precocemente por médicos experientes e com as condições necessárias, o aborto induzido apresenta elevados índices de segurança.

Causas
O aborto pode ser feito por métodos cirúrgicos ou farmacológicos (medicamentosos). Os abortos farmacológicos são feitos por medicações que interrompem a gestação e promovem a expulsão do embrião e só são viáveis no primeiro trimestre da gravidez.
Algumas vezes o abortamento pode ser realizado através de medicações que inibem o desenvolvimento do feto e, em geral, tem que ser complementado por alguma intervenção cirúrgica.
As medicações destinadas a provocar o aborto podem ser administradas por via vaginal ou oral. Muitas mulheres, no entanto, recorrem a métodos caseiros ou a atendimentos em clínicas clandestinas, o que aumenta em muito os riscos de complicações sérias e, às vezes, fatais. O aborto dito cirúrgico consiste na remoção do conteúdo uterino por aspiração e curetagem.
A intervenção deve ser feita no bloco operatório e dura apenas alguns minutos. O abortamento espontâneo pode ocorrer sem qualquer indicação ou aviso prévio. Geralmente esses abortos não colocam em perigo a vida da mulher. Muitas vezes torna-se necessária uma hospitalização rápida para remover o que restou no interior do útero ou possa estar em processo de degradação dentro do útero. As infecções são raras e a possibilidade de sobrarem vestígios do feto é remota.
A droga RU-486 induz o aborto, até ao segundo mês de gestação, bloqueando a produção de progesterona. Sem este hormônio, o feto não obtém a nutrição adequada e não consegue sobreviver. Além do abortamento, ela produz, como efeitos secundários, náuseas, cãibras, vómitos e hemorragias.

Tipos de aborto
Aborto Espontâneo
Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários factores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se verifique.

Sintomas de Aborto
Os possíveis sintomas de aborto incluem:
  • Dor leve, entorpecente ou que provoca cólicas no abdómen ou na parte inferior das costas
  • Tecido ou material similar a coágulos que saem da vagina
  • Sangramento vaginal, com ou sem cólicas abdominais

 

Prevenção
O pré-natal completo o mais cedo possível é a melhor prevenção disponível para todas as complicações da gravidez.
Muitos abortos decorrentes de doenças em todo o corpo (sistêmicas) podem ser evitados detectando e tratando a doença antes da gravidez.
Os abortos espontâneos terão menor chance de ocorrer se você seguir um pré-natal completo o mais cedo possível e se você evitar ameaças ambientais (raios X, drogas e álcool, níveis elevados de cafeína e doenças infecciosas, por exemplo).
Quando o corpo da mãe está tendo dificuldade para manter uma gravidez, sinais (como sangramento vaginal leve) são possíveis de acontecer. Isso significa que há possibilidade de abortamento, mas não quer dizer que ele vai ocorrer. Uma gestante que apresenta qualquer sinal ou sintoma de ameaça de aborto deve procurar uma emergência obstétrica imediatamente.

Aborto Induzido
O aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez.
Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher.
É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação em vigor.
Quando feito precocemente por médicos experientes e em condições adequadas apresenta um elevadíssimo nível de segurança.

Complicações do aborto
Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos existentes.
Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias, as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico, as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações, muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto mais tardio.
Se nos dias seguintes à intervenção a mulher tiver febre, com temperatura superior a 38ºC, perdas importantes de sangue, fortes dores abdominais ou mal-estar geral acentuado, deve contactar rapidamente o estabelecimento de saúde onde decorreu a intervenção.
Todos os estabelecimentos que prestam este serviço têm de estar equipados de forma a reconhecer as complicações do aborto, com pessoal treinado quer para lidar com elas, quer para referenciar adequadamente as mulheres para cuidados imediatos.
Não há evidência de que um aborto sem complicações tenha implicações na fertilidade da mulher, provoque resultados adversos em gravidezes subsequentes ou afecte a sua saúde mental.

Riscos do aborto
Os riscos do abortamento para a saúde dependem das condições em que o procedimento seja realizado. Os abortos legais, realizados em ambientes adequados e por profissionais experientes, são procedimentos seguros. Quando realizados sem a necessária assepsia, por pessoas sem treinamento e por meio de equipamentos perigosos, quase sempre levam a sérias complicações e à morte. Infelizmente, isso continua acontecendo em grande número. O risco de morte relacionada ao aborto feito em condições adequadas é menor do que o do parto normal.
Medicamente, a aspiração uterina ao vácuo é o método de aborto não farmacológico mais seguro, no primeiro trimestre da gestação. As complicações desse procedimento são raras e podem incluir perfuração uterina, infecção pélvica e retenção dos produtos da concepção, necessitando de um segundo procedimento para evacuá-los.
Desde antes do aborto, a paciente deve tomar antibióticos profiláticos, porque eles diminuem substancialmente o risco de infecções pós-operatórias. Em termos de segurança, existe pouca diferença entre o aborto por aspiração à vácuo e o aborto farmacológico, quando são realizados no início do primeiro trimestre. Os abortos realizados sem os cuidados médicos adequados (uso de certas drogas, ervas ou a inserção de objectos não cirúrgicos no útero) conduzem a um elevado risco de infecção e à morte. Como no aborto há normalmente certo grau de sangramento, há o risco de uma hemorragia mais volumosa, que pode exigir transfusões de sangue e mesmo levar a mulher à morte. Outras complicações de certa gravidade são os abortos incompletos e a ruptura uterina.

Síndrome pós-abortivo
 Síndroma (ou "síndrome") pós-abortivo seria uma série de reações psicológicas apresentadas ao longo da vida por mulheres após terem cometido um aborto. Há vários relatos de problemas mentais relacionados direta ou indirectamente ao aborto; uma descrição clássica pode ser encontrada na obra "Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana", de Sigmund Freud. No livro "Além do princípio de prazer", Freud salienta: "Fica-se também estupefato com os resultados inesperados que se podem seguir a um aborto artificial, à morte de um filho não nascido, decidido sem remorso e sem hesitação."

Elaborado por: Jacob Manuel Libombo...  @libombao

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